Só metade da extrema-direita nas ruas por Bolsonaro
Atos marcados para este domingo têm agenda hostil aos outros poderes, Congresso Nacional e Supremo Tribunal, razão pela qual, em vez de unir, podem expor a divisão no bloco de apoiantes do presidente.
principal sintoma de que as manifestações a favor do governo e contra a atuação dos outros poderes da República, marcadas para este domingo em dezenas de cidades do Brasil, dividem a extrema-direita veio diretamente do Palácio do Planalto: nem o cidadão Jair Bolsonaro vai aos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro.
Os seus ministros também não participam. Outros pilares de sustentação do governo, como os militares e os economistas liberais, são na sua maioria contrários aos protestos. Até o líder do seu partido, o PSL, retirou apoio institucional à iniciativa. E um a cada dois dos membros mais mediáticos do seu grupo parlamentar prefere ausentar-se. Vão sobrar nas ruas aqueles a que se convencionou chamar de "bolsonaristas puros", inspirados por Olavo de Carvalho, ideólogo do governo, e pelos filhos do presidente.
A agenda oficial dos organizadores - grupos conotados com a ala mais ideológica do governo - é dispersa: defesa da reforma da previdência, principal desígnio de Bolsonaro, que vem sofrendo resistências à sua aprovação na Câmara dos Deputados, ou apoio às medidas de austeridade do presidente.
Postado originalmente no Diário de Noticias, de Portugal >>>
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